Dizem que a
felicidade é um estado de espírito. Acredito. Uma pessoa não pode estar feliz o
tempo todo; por mais que ela seja de coração puro e sorriso estampado no rosto
a tudo e por qualquer motivo, certamente em algum momento ela pára. Eu gostaria
de ser daquelas pessoas que veem sempre o lado positivo das coisas, mas acho
que não levar a vida assim, também seja questão de atentar para a realidade,
para as velhas dores do mundo. Sorrir o tempo todo só para que os outros não
perguntem “você está bem” pra mim é hipocrisia.
E outra coisa
é chegar sorrindo nos lugares só pra forçar a amizade ou no meu caso, por
hipotetizar que em tal ambiente haverá alguém que me conhece. Ah, nem todo
mundo me conhece. Sabe, se me conhecem pelo que eu faço, que coisa boa! Só não
vou usufruir de qualquer dom que eu tenha (ou não) para me vangloriar. Em outras
palavras, não sou simpática por obrigação.
Claro, que nós procuramos expor nossas
conquistas, diferentemente de quando estamos na merda, porém, será que tais
demonstrações não passam de exageros, farças ou auto-confirmações em busca de
elogios? Fico a pensar quantos lerão, quantos concordarão, quantos criticarão
meu desabafo textual... E ficar se policiando a toda hora pelas palavras ditas,
acredite, é um saco! Pior ainda é abrir um leque de possibilidades no que o
outro está discursando, sobretudo quanto a textos escritos: com que diabos de
entonação escreveram isto?
Eu,
particularmente, estou cheia de alegria. E estou aqui, diante
de tais linhas ininterruptas, vomitando minha angústia: os outros precisam
saber disso ou não? Por um lado, “ninguém tem nada a ver com isso”, por outro,
danem-se os problemas e as tristezas, pois eu estou feliz e nesse mundo tão
louco, vale o pouco dessa real importância!
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