Supostamente presente no rol dos sentimentos de qualquer ser humano, por instinto. Contudo, enquanto em outros países não há denominação para esse sentimento, aos brasileiros é dada a honra de haver um signo para significá-la: saudade. E por que não dizer “saudades”? Eu mesma já alternei minhas formas de simbolizar meu entendimento de saudade, e por isso considerar o plural. Talvez existam mais tipos de saudade dos quais eu possa imaginar; talvez eu não devesse tentar classificá-los; talvez seja algo tão intrínseco e pessoal, que sugira um mote de “talvez” mesmo.
Sendo assim, demasiadas explicações posteriores serão recorrentes a mim, realmente. Todavia, se mais alguém perceber sentir saudades como eu, quem sabe não as cultivamos por algo também comum?
Quem não já sentiu saudade da infância, de brinquedos e brincadeiras, de um lugar não mais visitado ou modificado, de um cheiro por vezes recordado? Essa é a saudade do passado, e as tentativas de revivê-lo não se cumprem, uma vez que estaremos a cada tempo em outro contexto. Saudade de coisas e momentos. Podemos até confessá-la a alguém, mas além de intransponível, essa saudade é recheada de símbolos peculiares tão somente descritíveis por cada indivíduo.
Geralmente, tentar administrar os sentimentos como se faz com os negócios não é boa idéia. E sendo a saudade um sentimento por si só complexo, é difícil senti-lo, entendê-lo, discorrê-lo, ausentá-lo. Ainda mais difícil é tocar na saudade do outro. Entender que existem pessoas as quais complementam o significado daquelas coisas e daqueles momentos inesquecíveis por ora individuais, por compartilhá-los em um mesmo espaço-temporal.
Outro tipo de saudade – inevitavelmente classificando-a – é aquela por quem não está mais de corpo presente neste mundo. Saudade de quem deixou aprendizados, lembranças. Essa provoca uma dor que pede ajuda à fé para cessar, porque não será mais possível abraçar aquela pessoa novamente. Um parente, um amigo, a sensação de vazio. Dessa saudade ninguém escapa. Parafraseando Tim Maia, “não sei por que você se foi, quantas saudades eu senti...”, não saber, aqui no sentido de não admitir a saudade, porque é doloroso senti-la, e ele bem soube quando perdeu a filha.
Tem outro tipo de ausência, diferenciada pela distância física, a qual provoca saudade. Essa pode chegar a um nível tão elevado, que dor deixa de ser metáfora e, de fato, dói no peito, sobretudo quando relacionada a términos de relacionamento. É a mais frequente em canções e costumo dizer que há sempre alguém em algum lugar do mundo a senti-la, porque há sempre alguém a sofrer por amor. Subdividi-la-ia em duas. Uma sentida pelo sujeito ido, outra, deixada por outrem ir. Outro versinho de canção para ilustrar: “Saudade, palavra triste quando se perde um grande amor...”
Ainda há outro tipo de saudade, mais delicada e também relacionada à ausência. Uma que impulsiona as demais, enche o coração de alegria, acalma no abraço. Saudade de quem foi, mas não tarda a voltar, e antes de partir, sem querer ir, já a sente. Sem envaidecer os outros tipos de saudade, essa parece ser a mais egoísta. Faz-nos pensar que em vez de inteiros, precisamos da presença do outro para nos fazer completos.
Outro tipo de saudade – inevitavelmente classificando-a – é aquela por quem não está mais de corpo presente neste mundo. Saudade de quem deixou aprendizados, lembranças. Essa provoca uma dor que pede ajuda à fé para cessar, porque não será mais possível abraçar aquela pessoa novamente. Um parente, um amigo, a sensação de vazio. Dessa saudade ninguém escapa. Parafraseando Tim Maia, “não sei por que você se foi, quantas saudades eu senti...”, não saber, aqui no sentido de não admitir a saudade, porque é doloroso senti-la, e ele bem soube quando perdeu a filha.
Tem outro tipo de ausência, diferenciada pela distância física, a qual provoca saudade. Essa pode chegar a um nível tão elevado, que dor deixa de ser metáfora e, de fato, dói no peito, sobretudo quando relacionada a términos de relacionamento. É a mais frequente em canções e costumo dizer que há sempre alguém em algum lugar do mundo a senti-la, porque há sempre alguém a sofrer por amor. Subdividi-la-ia em duas. Uma sentida pelo sujeito ido, outra, deixada por outrem ir. Outro versinho de canção para ilustrar: “Saudade, palavra triste quando se perde um grande amor...”
Ainda há outro tipo de saudade, mais delicada e também relacionada à ausência. Uma que impulsiona as demais, enche o coração de alegria, acalma no abraço. Saudade de quem foi, mas não tarda a voltar, e antes de partir, sem querer ir, já a sente. Sem envaidecer os outros tipos de saudade, essa parece ser a mais egoísta. Faz-nos pensar que em vez de inteiros, precisamos da presença do outro para nos fazer completos.
Cada saudade de um modo, em um tempo, sentida de variadas formas, ainda que sejam por algo em comum. Às vezes é triste, às vezes é necessária, pode-se matá-la ou guardá-la. Eu tenho, tu tens, ele tem. Afinal, de lembranças também se vive.
Mariana Lorena
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